CRISPR mais uma vez nos surpreende ao permitir diminuir a degradação da surdez em camundongos

CRISPR

Se você já passou por um caso de surdez em sua família, certamente um médico ou especialista, antes mesmo de começar a fazer o seu trabalho, o terá alertado que precisamente o ouvido é um dos sistemas mais complexos que o ser humano teve que enfrentarTanto que quando se quebra, falha ou degenera, é praticamente impossível reparar.

Pensando nisso, hoje quero falar sobre um novo avanço alcançado por um grupo de pesquisadores formado por cientistas da China e dos Estados Unidos, graças à tecnologia. CRISPR, curar a surdez congênita valendo-se, para tanto, de uma única injeção.

surdez congênita

Graças ao uso do CRISPR, um grupo de pesquisadores pode ter encontrado a cura para a surdez congênita

Indo um pouco mais detalhadamente e principalmente levando em conta o que foi publicado no artigo resultante dessa pesquisa, os cientistas aparentemente tiveram que trabalhar para encontrar uma diferença entre o genoma afetado por esse tipo especial de surdez e aquele extraído de uma pessoa saudável. O resultado foi a localização de um pequena mutação do gene TMC1 que faz com que esse gene produza uma proteína que degenera os cílios.

Aparentemente, é justamente essa degeneração dos cílios, responsável pela conversão do som em impulsos nervosos, que acaba por causar o que se conhece como surdez congênita. Para nos dar uma ideia, basta dizer que a mutação é minúscula, tanto que uma cópia saudável do gene difere de uma string com uma mutação por apenas uma letra. Uma vez localizado o problema, por meio de mais do que um trabalho meticuloso, era preciso encontrar uma cura para ele.

Raton

É preciso apenas um dos pais para ter este problema para que o filho o herde

Para entendermos um pouco melhor o problema da surdez congênita, basta dizer que, segundo os cientistas, aparentemente para sofrer, basta que um dos pais a tenha. Isto é o suficiente para passar para seus filhos. Como certamente você estará imaginando, embora pareça o contrário, a verdade é que estamos diante de uma mutação muito mais comum na sociedade do que podemos acreditar.

Conforme comentado em declarações Fyodor Urnov, um dos autores deste trabalho e professor do Altius Institute for Biomedical Sciences em Seattle:

É como se dois cantores estivessem fazendo um dueto. Se um de vocês errar, ele deve ser silenciado seletivamente para ouvir a melodia correta. Não podemos parar os dois cantores ao mesmo tempo, porque aquela melodia cessaria.

Com isso, o que Fyodor Urnov quer dizer, basicamente, é que em sua busca pela cura, ele não só teve que desativar o gene que sofreu a mutação, mas também saber exatamente o que era.

CRISPR

Os resultados deste trabalho entusiasmaram toda a comunidade científica

Para encontrar uma cura, os cientistas que trabalharam no projeto aparentemente usaram uma pequena sequência de RNA para identificar o gene que deveria ser desativado. Graças a isso, como resultado da ação, a mutação que produziu a proteína que causava surdez congênita foi desativada.

Neste momento deve-se ter em consideração que este projecto se encontra numa fase inicial de desenvolvimento, embora os resultados alcançados sejam mais do que satisfatórios. No momento, os primeiros testes foram realizados em ratos recém-nascidos que, após tratamento e quatro semanas, os pequenos camundongos já tinham capacidade de responder a sons de até 15 decibéis.

A pesar de que a pesquisa ainda tem um longo caminho a percorrer até que este problema auditivo possa ser tratado em humanos, A verdade é que, como a própria comunidade científica indica, estamos diante de um avanço sem precedentes, pois literalmente os resultados muito animaram todos os pesquisadores que hoje trabalham para encontrar a solução para determinados problemas médicos por meio da engenharia genética.


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