Donald Trump não quer atrair talentos para os Estados Unidos

Donald Trump está mais uma vez no centro das notícias, se é que alguma vez deixou de estar, e não tanto por ocupar o cargo de Presidente dos Estados Unidos, mas por planejar a realização de mais uma de suas polêmicas iniciativas que vão contra não apenas as medidas tomadas pelo governo anterior, mas também contra o progresso e o avanço tecnológico dos Estados Unidos em particular e do mundo em geral.

Queremos dizer as chamadas Visto de inicialização, uma regulamentação que havia sido proposta pelo governo anterior, liderado por Obama, para atrair os melhores talentos para o país. E, claro, a ideia de estrangeiros vindo para os Estados Unidos é algo que o presidente laranja não gosta muito.

Um novo golpe contra o Vale do Silício

A meca mundial da inovação tecnológica que é o Vale do Silício (Califórnia, Estados Unidos), tem mais um motivo para estar deprimido com o futuro que o aguarda e, claro, o responsável por isso seria ninguém menos que o presidente de si país com estilo "Líder do mundo livre", Donald Trump.

A Trump parece importarle mucho más el origen de las personas, su cultura, o tal vez, también su color de piel, que el talento que alberguen en sus cerebros y que puedan contribuir al avance y evolución del propio país en particular y de la Humanidad em geral.

O governo Obama anterior havia aprovado como uma de suas últimas medidas o chamado Visto de inicialização, regulamento que, em sua primeira versão, permitiria a qualquer estrangeiro obter residência nos Estados Unidos se recebesse pelo menos $ 250.000 de investimento local para o seu projeto ou ideia. A licença seria concedida por um período de trinta meses, prorrogável por mais trinta meses adicionais.

“Mais estrangeiros nos Estados Unidos”? POTUS deve ter pensado: “Nada sobre isso”. Portanto, entre seus planos imediatos está recuar regulamento Visto de inicialização aprovado por aquela administração anterior que representava o completo oposto dos ideais do magnata Trump.

Como muitos de vocês já sabem, esta não é a primeira vez que Donald Trump tropeça em empresas de tecnologia no Vale do Silício (e no resto dos Estados Unidos). Já em campanha completa ameaçou forçar a Apple a fazer seus "malditos produtos" dentro das fronteiras, sugerindo inclusive a introdução de fortes medidas protecionistas, ou seja, aumento da tributação dos produtos fabricados fora do país.

E em março passado, Trump interrompeu o processo que permitia obter o visto H1-B expressamente quando estrangeiros especializados em ciência da computação, medicina, engenharia ou matemática foram contratados por empresas americanas.

Um freio à inovação

Atraia novos talentos para os Estados Unidos foi o objetivo da startup de vistos que Obama aprovou in extremis, apenas um dia antes do fim de seu mandato. Além disso, garantindo a chegada de "gênios" estrangeiros após a obtenção de um importante capital, também garantiu maior criação de empregos.

Un estudo preparado pela Fundação Nacional para a Política Americana revela que metade das startups avaliadas em mais de um bilhão de dólares nos Estados Unidos foram fundadas por estrangeiros. Uber, Intel, SpaceX ou Google são bons exemplos disso, sem mencionar nomes próprios como Garret Camp (fundadora da Uber), Michelle Zatlyn (fundadora da CloudFlare), Amr Awadallah (Cloudera), Elon Musk (SpaceX e Tesla) e até mesmo Steve Jobs que, embora não fosse um imigrante, a Apple não teria existido como tal se seu pai biológico não tivesse se estabelecido nos Estados Unidos da Síria.

Representantes de empresas de tecnologia dos Estados Unidos, além de diversas associações e lobys ligados à área do Vale do Silício e milhares de empresários já denunciaram que esses tipos de iniciativas são essenciais para promover a inovação e o progresso no país, no entanto, tudo isso parece pouco importar para o governo Trump, que já anunciado que a aprovação do Startup Visa será adiada oito meses antes de ser finalmente anulado.


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